A “verdade” não é, conseqüentemente, algo que exista e que devamos encontrar e descobrir — mas algo que é preciso criar" - Nietzsche
Demorei um pouco a compreender esta frase. Mas depois de algum tempo, percebi o quanto ela é importante para pensarmos sobre a verdade, a realidade e o conhecimento.
Não há uma verdade no mundo que devamos procurar e que possamos descobrir. O que fazemos é inventar verdades para o mundo.
Porém, não é tão simples. A partir de tudo o que vimos, ouvimos, vivemos, experienciamos, lemos, aprendemos... criamos verdades para o mundo. Em seguida, podemos bombardear nossas próprias verdades com dúvidas e questões, verificar constantemente se são ou não compatíveis com a nossa atual configuração da Realidade. Verificar se as verdades que fantasiamos servem para explicar a Realidade que percebemos, incluindo todos os seus elementos, todas as informações que podemos ver.
Se sim, nossas verdades servem - por enquanto. Até que nossa realidade se reconfigure com novas percepções, informações e circunstâncias.
Se não, elas não servem e podem ser ampliadas, aperfeiçoadas ou simplesmente descartadas.Portanto, não é preciso acreditarmos em quaisquer verdades que sejam. Basta utilizá-las enquanto servem. Sem esquecer de submetê-las sempre ao questionamento e à dúvida.
Este processo me parece ser infinito. Afinal, só paramos quando acreditamos cegamente numa verdade, quando julgamos ter encontrado a "Verdade Absoluta" do mundo, esquecendo, assim, que a verdade, seja qual for, não foi "encontrada", mas inventada, delirada."
(do blog Mundo Filosófico -http://mundofilosofico.blogspot.com/)
Achei interessante compartilhar isso daqui com vocês. Um belo texto, sobre um assunto pertinente à existência. Se puderem dar uma passada no blog dele, dêem uma olhada nos comentários. Há um pequeno debate lá. Acho que aumentará. O Diogo tem alta capacidade de argumentação. Vale a pena conferir!!
Um comentário:
Olá,
Obrigado pela força. Fico feliz que você tenha gostado do post!
Prometo um post sobre a absurdidade nos próximos dias.
Abraços
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